A República Democrática do Congo declarou uma nova epidemia de Ebola depois de identificar seis casos de febre hemorrágica no oeste do país.
As infecções são o 11º surto do vírus no país da África Central desde que os primeiros casos foram detectados em 1976 e a quarta ocorrência nos últimos três anos.
“Este surto é um lembrete de que o Covid-19 não é a única ameaça à saúde que as pessoas enfrentam”, disse Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor geral da Organização Mundial da Saúde, em comunicado na segunda-feira confirmando as novas infecções. Tedros disse que quatro pessoas já morreram, acrescentando que a OMS tem funcionários na cidade ocidental de Mbandaka e está apoiando a resposta do governo.
Eteni Longondo, ministro da Saúde da RDC, disse que amostras de sangue dos infectados em Mbandaka, uma cidade com mais de 1 milhão de habitantes situada no rio Congo, foram testadas no laboratório biomédico nacional da capital, Kinshasa.
“Temos uma nova epidemia de Ebola em Mbandaka”, disse Longondo a repórteres, segundo informações da imprensa.
Pelo menos 33 pessoas morreram e 54 pessoas foram infectadas durante um surto de Ebola na mesma área em 2018. Desde então, outra epidemia, 1.000 km a leste, perto das fronteiras do país com Ruanda e Uganda, matou mais de 2.200 pessoas e ainda está em andamento.
O Congo estava perto de declarar o fim desse surto em abril, quando uma nova série de infecções foi confirmada. Nenhum novo caso foi identificado lá desde o final de abril.
“Relatos de novos casos de Ebola no noroeste da RDC confirmam nosso maior medo: que o país esteja enfrentando mais um surto em uma nova província”, disse Anne-Marie Connor, diretora nacional da World Vision RDC.
O vírus se espalha pelo contato com fluidos corporais e causa febre hemorrágica com vômitos graves, diarréia e sangramento. A contenção bem-sucedida requer o rápido isolamento dos pacientes suspeitos e o enterro seguro dos que morreram.
O ebola já foi considerado impossível de prevenir ou curar. No entanto, o aumento do investimento em tratamentos e vacinas desde que um surto matou mais de 11.000 vidas na África Ocidental entre 2014 e 2016, deu às autoridades de saúde uma maior capacidade de combater a doença.
No surto no leste do país, declarado uma emergência internacional da OMS em julho do ano passado, 1.166 pessoas sobreviveram, aproximadamente 34% das pessoas identificadas como tendo contraído o vírus.
Uma vacina desenvolvida pela Merck foi amplamente testada no leste do Congo e recebeu aprovação para uso pelos reguladores nos EUA e na Europa no final do ano passado. Uma segunda vacina fabricada pela Johnson & Johnson, que também foi testada no leste do Congo, foi recomendada na semana passada para aprovação na Europa pela Agência Europeia de Medicamentos.
Peter Piot, diretor da Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres, disse ao Financial Times que são necessárias as duas doses para conter novas epidemias e proteger os profissionais de saúde.
“Os surtos de ebola na África central são inevitáveis e podem aumentar em frequência à medida que a população está crescendo e mais em contato com a natureza”, disse Piot. “Este é um caso forte para implantar vacinas contra o Ebola em toda a região”.
Piot foi uma das duas pessoas que foram enviadas ao rio Ebola em 1976 para investigar os primeiros casos conhecidos da doença.
Com informações do G1
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