Com informações de: G1 / News-medical
A técnica de enfermagem de 24 anos, Gabriela Carla da Silva, que havia contraído a Covid-19, quase dois meses passados, acreditou que estivesse imune, após vencer o período de manifestação dos sintomas.
Por sugestão de colegas, Gabriela se submeteu a um novo teste, por reapresentar alguns sintomas bem característicos da Covid-19.
“Eu estava com bastante dor de garganta, o nariz bem congestionado, bastante coriza, muita dor de cabeça, até mais do que a primeira vez e aí falei: ‘mas não pode ser Covid, porque eu já tive Covid’. Continuei trabalhando porque eu já tinha tido, não pensava que poderia ser”, diz.
A reincidência do vírus na jovem, considerada rara pelos médicos, será investigada pela USP de Ribeirão Preto (SP) e será levada à comunidade científica internacional. Segundo os pesquisadores, há registro de apenas outro caso semelhante ao de Gabriela, em Boston, nos Estados Unidos.
O médico infectologista Marcos Boulos, chefe da Superintendência de Controle de Endemias de São Paulo e ex-diretor da Faculdade de Medicina da USP, acredita ser “difícil” uma reinfecção pelo novo coronavírus em tão pouco tempo.
” É ‘difícil’ uma reinfecção pelo novo coronavírus em tão pouco tempo”, é o que diz o médico infectologista Marcos Boulos, chefe da da Superintendência de Controle de Endemias de São Paulo.
A jovem técnica conta que da primeira infecção os sintomas surgiram após ela ter tido contato com um colega infectado. Segundo ela, apenas dois dias depois desse contato, já começou a se sentir mal, com febre, congestão nasal e dores de cabeça e de garganta.
“Eu trabalho em uma unidade de saúde, então já estava tendo contato, mas tive contato confirmado com esse colega de trabalho em uma segunda-feira. Na quarta-feira eu comecei com os sintomas”, afirma.
Diante desse quadro, Gabriela foi submetida a um exame que testou negativo, mas como os sintomas persistiram, cinco dias depois ela se submeteu a outro teste que deu positivo.
“O que mais me marcou nesse primeiro quadro foi a dor de cabeça e um pouco da dor de garganta, mas principalmente a dor de cabeça que se manteve por uns dez dias”, lembra.
Sentindo-se já totalmente recuperada, Gabriela retomou suas atividades na Unidade Básica de Saúde e, claro, sentindo-se bem e completamente imune. Mas, decorrido pouco mais de um mês, a profissional da saúde voltou a sentir os sintomas, os quais ela associou a um quadro viral simples. Foi aí que foi sugerida a se submeter a outro teste, o qual assim o fez e testou positivo em 2 de julho.
“Conversei com a equipe do trabalho e falaram que, mesmo assim, era importante coletar o teste. Foi quando coletei novamente e fui afastada até sair o resultado e veio positivo novamente.”
Gabriela conta ter se sentido mal o período inteiro que durou o afastamento de 14 dias. Dessa vez, diz ela, os sintomas vieram mais intensos, com perda do paladar e olfato e uma dor de cabeça ainda mais forte.
Ela se diz recuperada pela segunda vez e já voltou ao trabalho, com todos os equipamentos de segurança, e determinada a ajudar os médicos a compreender o comportamento do novo coronavírus. “Pretendo entender o que realmente aconteceu e realmente ajudar na pesquisa.”
Novos casos de reinfecção foram relatados em todo o mundo. Agora, um médico do Sheba Medical Center em Tel Hashomer, o maior hospital de Israel, testou positivo para SARS-CoV-2 três meses após a recuperação da doença por coronavírus, segundo o site news-medical.
O médico contraiu o vírus em abril, durante o auge da pandemia no país. Em maio e junho, os testes com swab mostraram que o médico se recuperou totalmente da doença. No entanto, quando o médico foi testado novamente em julho, os resultados retornaram positivos.
Houve relatos de casos recorrentes de coronavírus em outros países, incluindo Canadá, Japão, Coréia do Sul e Estados Unidos. Nesses países, alguns pacientes que se recuperaram anteriormente do COVID-19 foram infectados pelo vírus novamente após três meses.
O padrão dos casos de reinfecção suscita a preocupação de que os anticorpos desenvolvidos pelo organismo contra o SARS-CoV-2 não protejam necessariamente o organismo contra infecções futuras. Se os anticorpos fornecerem proteção, eles podem não durar muito.
É possível a reinfecção em pessoas que foram infectadas com o coronavírus? Um estudo publicado em maio por cientistas da Mailman School of Public Health da Universidade de Columbia descobriu que reinfecções com coronavírus humanos endêmicos não são incomuns, mesmo dentro de um ano da infecção anterior. A equipe estudou quatro outros tipos de coronavírus.
Além disso, muitos estudos estão tentando descobrir quanto tempo durará a proteção fornecida pelos anticorpos. Para outras infecções por coronavírus, como a síndrome respiratória aguda grave (SARS) e a síndrome respiratória do Oriente Médio (MERS), aqueles que se recuperaram tiveram algum tipo de imunidade por cerca de um ano ou mais em outros. Quando se trata de outras formas de coronavírus, que circulam regularmente, o período de imunidade é mais curto.
Outro estudo recente também explorou quanto tempo a imunidade contra o SARS-CoV-2 pode durar e descobriu que os anticorpos protegem cerca de três meses em média. Isso dificultará o desenvolvimento de vacinas, uma vez que as vacinas estão sendo testadas para determinar sua segurança e eficácia . Sem um período preciso de imunidade, algumas vacinas podem não funcionar tão efetivamente.
Créditos da foto: Vídeo reprodução G1
A Arábia Saudita, um país fascinante no Oriente Médio, está se abrindo cada vez mais…
A Turquia é um destino que desperta a curiosidade de viajantes do mundo todo. Com…
Situado a noroeste do Egito, o Siwa não é apenas um oásis encantador no coração…
A correlação entre o ambiente de trabalho e a saúde dos empregados constitui um…
Em 2016, o médico Marcos Vinícius (então no MDB) alcançou um feito histórico como novato…
A partir do dia 16 de março, o Shopping Ibirapuera oferecerá um espaço para pessoas…