Estudo aponta que experiências psicodélicas desafiadoras podem ter resultados benéficos para a saúde mental

Um novo estudo publicado no Journal of Affective Disorders sugere que experiências mais perspicazes e místicas com drogas psicodélicas podem estar ligadas a uma redução duradoura nos sintomas de ansiedade e depressão. Além disso, a pesquisa indica que uma experiência desafiadora enquanto estiver usando essas substâncias pode ter resultados benéficos, especialmente no contexto de experiências místicas e perspicazes.

O estudo e seus resultados

Os dados do estudo vieram de uma pesquisa anônima baseada na Internet liderada pelo professor assistente e diretor do Centro de Pesquisa e Educação sobre Drogas Psicodélicas no Ohio State University College, Alan Davis. Foram analisadas as respostas de 985 participantes que relataram ter tido uma experiência psicodélica moderada a forte no passado e mudanças resultantes em seus sintomas de ansiedade e depressão.

Os resultados avaliados na pesquisa incluíram níveis de sintomas de depressão e ansiedade e avaliações de satisfação com a vida e flexibilidade psicológica. A análise de dados revelou três subtipos distintos de experiências psicodélicas: pontuação alta, pontuação baixa e pontuação positiva.

Benefícios para a saúde mental

O grupo que teve as experiências mais perspicazes e místicas e experiências menos desafiadoras mostrou o maior benefício em termos de remissão dos sintomas de ansiedade e depressão e outros benefícios mais duradouros em suas vidas. Além disso, quando os pesquisadores analisaram apenas os dados dos participantes que usaram psilocibina e LSD, os mesmos padrões foram observados, incluindo benefícios para a saúde mental mesmo após uma experiência desafiadora.

A relação entre experiências desafiadoras e saúde mental

Identificar os subtipos que existem independentemente de qual psicodélico você toma responde a uma pergunta interessante. Embora os profissionais da saúde muitas vezes busquem evitar experiências desafiadoras, essas descobertas indicam que experiências desafiadoras podem ser benéficas para a saúde mental em certas circunstâncias. Essas descobertas podem ser úteis para profissionais que orientam pacientes em ensaios clínicos que testam o potencial terapêutico dos psicodélicos.

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Riscos do uso de substâncias psicodélicas sem supervisão profissional

Apesar dos resultados promissores do estudo mencionado acima, é importante ressaltar que o uso de substâncias psicodélicas pode ser arriscado se não for realizado com supervisão profissional adequada. O uso inadequado dessas substâncias pode levar a efeitos colaterais indesejados, incluindo aumento da ansiedade e depressão, reações adversas e possíveis danos psicológicos.

Além disso, o uso recreativo de drogas psicodélicas, muitas vezes, envolve a aquisição de substâncias de fontes desconhecidas, o que aumenta significativamente o risco de exposição a substâncias adulteradas ou contaminadas. Portanto, é crucial que qualquer uso dessas substâncias seja realizado sob a supervisão de um profissional experiente e em um ambiente seguro e controlado.

Embora o potencial terapêutico dos psicodélicos seja promissor, é importante que mais pesquisas sejam realizadas para determinar a segurança e eficácia dessas substâncias como tratamento para transtornos mentais. Até lá, é essencial que qualquer uso de substâncias psicodélicas seja conduzido em conjunto com um profissional especialista, a fim de minimizar riscos potenciais e maximizar benefícios terapêuticos.

Em resumo…

O estudo aponta que experiências mais perspicazes e místicas com drogas psicodélicas podem ter resultados benéficos para a saúde mental, mesmo após uma experiência desafiadora. Identificar os subtipos que existem independentemente de qual psicodélico você toma pode ajudar os profissionais de saúde a orientar melhor os pacientes em ensaios clínicos que testam o potencial terapêutico dos psicodélicos.

Pesquisa original: “Subtypes of the psychedelic experience have reproducible and predictable effects on depression and anxiety symptoms” by Alan Davis et al. Journal of Affective Disorders






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