Mais de 13 milhões de pessoas foram infectadas com a infecção por COVID-19 em todo o mundo, das quais mais de sete milhões de pessoas se recuperaram. Os cientistas descobriram que as pessoas que se recuperam dessa infecção desenvolvem anticorpos contra o vírus. Esses anticorpos podem ser usados para tratar outros pacientes que estão atualmente infectados com a doença. Em sua pesquisa recente, cientistas do Instituto de Pesquisa Scripps encontraram uma molécula comum nesses anticorpos que ajuda a neutralizar o vírus SARS-CoV-2.
Anticorpos são proteínas em forma de Y que são produzidas pelas células imunológicas (células B) do corpo após uma infecção atingir o corpo. Cada célula B produz um tipo de anticorpo específico que contém uma combinação única de genes de anticorpos.
Em seu estudo publicado na revista Science em 13 de julho de 2020, os cientistas do Scripps Research Institute estudaram 294 amostras de anticorpos de pacientes que se recuperaram da infecção por COVID-19.
Ao testar todas essas amostras, os cientistas descobriram que um gene de anticorpo chamado gene da cadeia pesada de imunoglobulina (gene IGHV) era o gene mais comum presente em todas elas. Eles acrescentaram ainda que o IGHV3-53 era o gene que mais aparecia em todas as amostras.
A partir de suas pesquisas, os cientistas descobriram que os anticorpos coletados em alguns dos pacientes com coronavírus recuperados tinham um poderoso gene de anticorpo neutralizador de vírus
Eles descobriram ainda que os anticorpos com o gene IGHV3-53 eram mais potentes na neutralização do vírus SARS-CoV-2 do que aqueles sem esse gene.
Outro fator benéfico sobre esse gene foi que ele mostrou uma mutação (alteração) muito mínima em sua estrutura, o que indica que anticorpos neutralizantes com o gene IGHV3-53 podem ser usados na produção de uma vacina contra COVID-19.
Embora várias vacinas em potencial já estejam em testes clínicos, os cientistas ainda não têm um entendimento completo das características moleculares que definiriam uma resposta protetora de anticorpos. No novo estudo, os cientistas deram um grande passo em direção a esse objetivo.
Fonte: Scripps research
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