Pacientes recuperaram os movimentos do rosto e a simetria facial. Técnica pode substituir o uso de corticoides, droga usada para tratar o problema
Uma pesquisa do Grupo de Óptica do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) testou com sucesso uma nova terapia com laser de baixa intensidade e terapia a vácuo na recuperação de dois pacientes com paralisia do nervo facial e Paralisia de Bell (PB).
Os tratamentos resultaram na recuperação completa e expressão facial normal em ambos os pacientes, incluindo melhora do movimento facial e simetria facial em repouso.
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Com este resultado, os pesquisadores acreditam que a terapia de laser de baixa intensidade e a terapia a vácuo, combinadas, podem se transformar em um tratamento alternativo para diminuir o tempo de recuperação da expressão facial em pacientes normais com paralisia do nervo facial e Paralisia de Bell.
Entenda a doença
A paralisia facial ocorre pelo enfraquecimento ou paralisia dos músculos de um dos lados do rosto, provocada por uma reação inflamatória envolvendo o nervo facial, que incha e fica comprimido dentro de um estreito canal ósseo localizado atrás da orelha.
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Essa alteração impede a transmissão dos impulsos nervosos para os músculos responsáveis pelos movimentos faciais, provocando incapacidade e diferença entre os dois lados da face.
Os principais sintomas são a perda súbita parcial ou total dos movimentos de um lado da face; dificuldade para realizar movimentos simples, como franzir a testa, erguer a sobrancelha, piscar ou fechar os olhos, sorrir e mostrar os dentes, pois a boca se move apenas no lado não paralisado do rosto.
Por Júlio Bernardes / Arte: Camila Paim/ Jornal da USP